segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O aeroporto (2)





















Aos polícias não fardados, com colete preto, com a missão de observar o comportamento das claques de futebol, chamam-lhes "spotters", e eles têm de facto a palavra "spotter" escrita nas costas pelo coleteiro. A palavra observador definiria melhor o trabalho destes homens, mas não cabia nos coletes. E em Portugal a policia até tem as costas largas.
Os dois polícias de colete preto estavam ali para observar o treinador do FC do Porto e depois de o terem observado, ao longo de todo o terminal destinado às partidas, observaram de muito perto o avançado Hulk e não foi para tirar a limpo se o cabelo estava amarelo ou se estava preto.
Havia mais dez polícias de segurança pública. Havia gente a partir para um número impreciso de destinos. Havia uma hora e trinta minutos no relógio da cidade do Porto. Oito e trinta em Nova Iorque, onze e trinta no Rio de Janeiro, duas e meia em Paris, nove e meia da noite em Pequim e dez e meia em Tóquio. É o que dizem as horas, fora deste elevador, quando vai uma equipa de futebol portuguesa a caminho da Ucrânia.

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