quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Correio breve de Matosinhos (1)





















Veio, com a névoa das manhãs de Novembro, um elemento novo: o cheiro das fábricas de conserva. O odor é de peixe, mas de peixe a quem já aconteceu qualquer coisa. Do mês de Oububro, Matosinhos já tinha acrescentado às nossas vidas uma casa de chá que nos faz sentir comos e estivessemos dentro de uma chávena de chá quentinho; já nos tinha multiplicado a quantidade e a aqualidade dos almoços, há por cá mais portas abertas e melhores portas abertas, mais cozinhados de carne e muito mais peixe fresco; já nos tinha colocado mais pessoas no local de trabalho, com o tempo as caras tornam-se familiares, apesar de ainda não as conhecermos todas; já nos tinha apresentado uma esplanada voltada para um chão de relva e madeira, três paredes brancas e duas portas em vidro; já nos tinha substituído os computadores, duplicado as ilhas de montagem e já nos tinha posto como cenário de um estúdio quatro vezes maior. Matosinhos começou bem e está a andar bem. O trabalho continua a ser trabalho, mas tem outro sorriso.

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